Eu não sei quem inventou a Saudade,
este alguém por certo não sentia falta de nada.
Apegou-se no instante em que o seu coração
não mais sabia a real tradução do que deveras sentia.
E sentia como quem sofre ou não, a falta do que lhe pertencia.
Mas que falta pode fazer o que não nos faz falta?
Pois se no amor, por alguma razão não faz falta,
é por temer a solidão que se exalta, e não faz falta,
é de doer o coração que no peito queima e arrasa.
E quando não temos neste coração, o nobre condão que nos dá felicidade,
é que nos falta a real condição de entender o que o peito sente de verdade.
Nada mais é do que a solidão manifesta na mente trazendo maldade,
o que este pobre galego num bom português carrega no peito e chama de saudade.
Corvina do Araras
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