Seja super bem vindo!
Eis o Pescaria, grupo literário pioneiro nas terras do Araras, hoje Varjota – Ceará.
Grupo de caráter cultural, primando as Letras, denominado Pescaria, cujo objetivo é pescar indivíduos às letras e artes, ofertando-os o alimento – o peixe – da liberdade, o saber.

Venha pescar e ser pescador (a) da literatura junto da gente.

domingo, 26 de outubro de 2014

O Cambo

Com grande alegria, o grupo literário Pescaria apresenta seu primeiro livro, a antologia poética, O Cambo já disponível para vendas à partir de R$ 15,00 para todo Brasil.

Encomendas com todos os membros do Pescaria. Procure-nos!
Contato: (88) 96282240 / grupoliterariopescaria@gmail.com

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

1ª Edição Clube do Livro

O Grupo Literário Pescaria realizou neste último domingo, 19 de outubro de 2014, a primeira edição do seu Clube do Livro, com a presença de grande parte de seus pescadores cativos, que trouxeram obras e indicações de leituras aos mais diversos estilos.

Confira como foi...







sábado, 18 de outubro de 2014

...o amor...

Passava na rua
e vi um passarinho.
Ele levava palha ao ninho;
comida ao filho.

Foi aí que descobri o amor.

'nando Cará

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Notas de manhãs incompletas



Morte:


Das coisas que eu já fiz, creio que viver foi a mais dolorosa e a mais enigmática. E a mais vazia também: eu poderia ter falado menos e visto o mar. Ó Deus, o mar... A vida deveria ser resumida talvez apenas em ondas, areia e conchas, donde os humanos, essa raça tão paralisante e enjoativa, escutariam a si mesmos no incessante burburinho dos búzios marinhos. Aí, quem sabe, a existência doeria menos e os enigmas encontrassem um ponto de descoberta. Por isso o arrependimento, por isso essa sensação limpa de nada que toma conta de mim: é a soma de partes inteiramente fragmentadas, dispersas no abismo ora real ora onírico do mundo dos transeuntes. Eis-me aqui, morto-vivo. E continuamente recolhendo pedaços de mim.


Infância:


Ei, pai, agora eu já cresci. Lembra que você não queria que isso acontecesse? Eu confesso, também não queria. A infância é aquela pessoa que fala alto demais e quer ser notada. Parece chata, e às vezes até é, mas marca tão profundamente que é difícil fingir que ela não houve. Eu agora cresci e sou como você, sendo apenas diferente. Durmo menos que você, sou menos sisudo e ainda gosto de brincar: pareço menino. Isso é normal? Acho que sei o que você diria: "Normal é não ser você". E eu riria e me entristecia com isso, mesmo não entendendo como tal coisa pode acontecer. Só te lembro um detalhe que você deixou passar: você me deu deuses e monstros e eu, depois de todo esse tempo, os devolvo a ti como histórias. "Histórias de uma criancice sem fim": é como eu poderia me chamar. Pai, é isso, seu filho te escreveu. Finalmente, ele cresceu.


Amor:


Prometa-me que a ventania vai passar e a gente vai voltar. É muito estranho não ter uma parte de mim.