Seja super bem vindo!
Eis o Pescaria, grupo literário pioneiro nas terras do Araras, hoje Varjota – Ceará.
Grupo de caráter cultural, primando as Letras, denominado Pescaria, cujo objetivo é pescar indivíduos às letras e artes, ofertando-os o alimento – o peixe – da liberdade, o saber.

Venha pescar e ser pescador (a) da literatura junto da gente.

sábado, 28 de junho de 2014

Descuido de olhar

Quem neste rosto vê um sorriso.
Não percebe o pranto de sangue.
Que se encontra está alma.
Meus lábios são atores.
Representando a felicidade.

Mas os olhos são janela da alma.
Mesmo tentando segurar.
Em um descuido de olhar.
Deixam a tristeza escapar.

E o que no interior se encontrava
Hoje no Olhar se notará
Tudo devido ao protagonismo
Do desprezo realizado.

Thaunney Escama e Valquiria Piscarto

sexta-feira, 20 de junho de 2014

25ª Pesca Literária

Um pouco do que aconteceu na 25ª Pesca Literária em Varjota, que discutiu sobre a Poesia Marginal dos anos 70 e 80...

Confira!




quinta-feira, 19 de junho de 2014

24ª Pesca Literária

E neste post um simples registro da 24ª Pesca Literária realizada em Varjota, esta que teve como tema de discussão o português Fernando Pessoa e as suas vidas numa só!

Confiram...




quarta-feira, 18 de junho de 2014

Ponto Final

Não digas que tenho um coração vagabundo.
Isto é uma injuria, difamação, contradição.
Apenas não espero por uma ilusão.
Não quero que me entendas mal.
Sou boa ate o ponto final.
Mas não me condeno a uma desilusão.
Sofrer por um amor isso não.
Isto não está em meus planos, não mesmo.
Amo um, amo outro, mas chorar jamais.
Quando o ponto do fim chega. Logo
Parto de novo ate encontrar outro pouso.

Valquíria Piscarto

Um copo de vinho

Volto outra vez a este papel.
Mais uma vez, destruída.
Novamente entre lágrimas.
Como antes, como previsto.
Estou aqui pensando em você.
Estou aqui querendo te ver.
Você se foi, ou nunca esteve.
Mas desta vez é diferente.
Desta vez não foi mais uma.
Foi ela, aquela que você escolheu.
Nesta condição sobra pouco.
Nada além de um copo de vinho.
Um lençol solitário e travesseiro molhado.

Valquiria Piscarto

23ª Pesca Literária

Registro em fotos do que foi a 23ª Pesca Literária, realizada no último dia de maio de 2014, que teve como tema Composição Musical e Letras de Música.

Venha conhecer o Pescaria!


Lanternas vermelhas

Quanta beleza há no recortar as trevas, para delas singular rainha se apropriar?

Ali, de um abismal cantinho, parte e se move a luz tingida por ressonante vermelhidão, vermelhas lanternas imanentes ao atinente olhar, o qual se atira aos noturnos espaços como se de detalhes à procura estivesse, peculiaridades as quais, na cadência da noite, são passíveis de toque.

A rajada gata ofusca no cortante olhar, enquanto a própria noite intenta fissurar, intuindo mesmo insanos matizes, para os quais é cronicamente cega uma embriagada e sonolenta humanidade, quando aos acinzentados tons põe-se a voltar.

Que mistérios descobertos pela gata e a nós permanecendo desconhecidos seguem, enquanto segredos revelados somente àquela imperatriz de vermelho olhar?

GuajupiáEmTerrAfogado

sábado, 14 de junho de 2014

Desvio

Se pudesse escolher ter algo de cada coisa da natureza
Tenho toda certeza que pouco escolheria, eu diria:

“Do céu eu tiro a imensidão da inexistência,
Mas não quero sua solidão,
O vazio que guardo é maior que o vácuo infinito.

Do rio frio eu tiro o desvio,
Sua constância me atrapalha,
Sua rigidez em sempre correr na mesma direção me incomoda.

Dos animais só me interessa o instinto,
Pois, por ser incontrolável, é a única forma de mudar o mundo.

Da terra fico com fertilidade,
Mesmo que a maior parte do que eu produza seja inútil ao primeiro ver.

Mas enfim, assim, eu serei tudo e mesmo assim eu nada serei,
Serei Deus e a ausência dele, serei o cheio de tudo e o vazio absoluto.”

Russo Remos

sexta-feira, 13 de junho de 2014

S do Sertão

És certo que da cartilha
eu aprendi o ABC.
No canteiro da oiticica
no Sertão me fiz crescer.
Precisei pro catecismo
pras oração eu rezar,
enfim, as 23 eu aprendi
na sequencia soletrar.
De trás pra frente,
inclusive as indigentes
que hoje são 26
se por hora eu contar.

Enfim... mas me pediram só o S,
coisa que carioca nunca esquece,
pra enfeitar seu palavreado.
O S não serve somente
pro psiu, ou mania de chiado.
No Sertão também tem S,
bem no R do riacho,
que na curva que por lá passa
na água na escorre
tem um S desenhado.

'nando Cará

domingo, 8 de junho de 2014

Facilidades

Para escrever um conto
Tive que ler mais de cem contos
Para rabiscar uma simples crônica
Tive que ler cem crônicas

E mesmo assim diante de tantas letras
De ante de tantas leituras
Ainda não me saio um texto que gostasse

Não me saio um texto que agrasse aos meus ouvidos
Que soasse interessante

Mais com a mesma complexidade que se tem para escrever contos ou crônicas ou qualquer outro texto longo
Têm-se mais ainda facilidades de fazer poesia
A poesia ela por si só se constrói
Todos nos somos poetas, simples poetas
E ao nascermos já fazemos nossa primeira poesia
Pois o simples chora de seu filho, depois do nascimento, já é poesia para os ouvidos da mãe.

Vicente Bodó, 04/06/2014

De Madrugada

Mais uma vez é madrugada!
O vento que, já frio, começa a ficar mais frio ainda.
Talvez só me lembrando de que estou só ao nada,
Um galo começa a cantar a uma distância e quase não finda.

Será que o pobre galo também esta só¿
E canta para superar a dor de sua solidão.
Eu como não canto fica a escuta-lo,
Talvez estejamos compartilhando sentimentos de paixão.

O vento frio, mais uma vez, me faz querer companhia.
Peso em minha amada e por um momento a frieza é esquecida
Mais meus ouvidos só queriam mesmo sua bela melodia.

Procuro com meus ouvidos o cantar do galo.
Mais percebo que já não escuto mais o seu cantar entristecido
Como o pobre galo, decido também me entregar à solidão e dormi a deseja-la.

Vicente Bodó, 05/06/2014

de Reviravolta

E dirrpente não mais que de uma vez só
Como já disse o poeta. “Do amor se fez pranto.
De uma hora pra outra quase que sem se esperar
Tudo o que era amor já não mais o é

Tudo o que eram sentimentos compartilhados entre dois
Já não fazem parte nem mesmo de um, nem mesmo de outro.
Toda uma troca de caricias, de toques já se findou
Não se sente mais o desejo incontrolável de se estar junto

E tudo o que foi planejado, já não são mais planos.
E tudo o que foi escrito em pensamentos, já fora apagado dos sonhos.
E tudo o que existiu em desejos carnais. Nem carne há mais!

O que existe depois do inesperado quebramento de destinos.
Apenas um tentar levantar, e continuar, e fazer pensar que nada existiu
De ambos os lados tentar esquecer e tornar o sofrimento em falso esquecimento

Vicente Bodó