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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Poesias sem Estômago, Estômagos sem Poesia - A polêmica



Ao longo d’elástica existência,
Amiúde me pergunto:
Por que a poesia,
Bem cultural,
Jamais soluciona as angústias do estômago,
Por mais que delas trate?

Fome,
No estômago que a contempla,
Deveras,
Poesia não assenta.
Ao enunciar as ânsias do estômago,
Para fome estilizar,
Fome não resolve,
A cultura da fome.

A poética é réplica D’ human’alma.
E por vezes sendo migalha,
Sua doença denota,
E regurgitando apetite-cultura,
Não alimenta nação.
Singularidade d’esfolado espírito em cidade,
Poesia não preenche bucho,
Pois o bucho não a pressente,
Mesmo que o bucho,
Como esfolado estômago,
Se ponha a vociferar,
Sem acalento.

Cultura da fome,
Ao ser agraciada,
Às custas d’humana pobreza,
Conserva pobreza.
Poesia,
Comida não o é,
Água não o é,
Empáfia d’alma o É,
Ego É.
Ao denunciar males da fome,
Ego É mantém mundana fome.
Veículo d’arte,
Produz cultura do descaso,
Que ao tratar do descaso,
Torna-se descaso.

Violência peculiar,
Que dando às costas ao faminto povo,
Publica-se para premiar-se.
Sendo demagógica,
Tal Poesia é sem Estômago,
E os estômagos são sem poesia.
Como alimento d’alma,
Poesia à barriga se denega,
Bem como esfomeada,
Barriga das massas,
Bandida o é,
Pois sobre a pura poesia não se debruça,
E mal dizendo-a,
Nela cospe.

Eis o triste conflito,
Uma luta de classes,
Em que Homens do corpo,
Estupram população d’Alma,
E Homens d’Alma,
Dissimulam a população-corpo,
Que em fome,
Reiterada pela cultura que dela trata,
É descartada.

Guajupiá’EmTerra’fogado

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