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Eis o Pescaria, grupo literário pioneiro nas terras do Araras, hoje Varjota – Ceará.
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quinta-feira, 13 de março de 2014

OFENSIVA À DESPEDIDA: Uma Diatribe do Satanismo Deífico no Estado Brasileiro e em sua Sociedade Civil

Permitam-me um breve desabafo, companheiros da jornada da vida, desabafo que faz prosseguir um comunicado de despedida pátria.
Angustiadamente, hodiernamente, assola-me a intuição de que atualmente este país tem conquistado a consistência de excessiva precariedade, física e/ou cultural. Isso se decorre em vários sentidos, a partir dos locais nos e com os quais, até o presente momento, já morei ou tive e tenho o desprazer de conviver. Um desses miseráveis sentidos, o qual espero não estar por ele envolvido, é vertido nas pequenas corrupções com que tropeçamos no dia-a-dia em espaço "público", corrupções emanadas de sociedade civil que curiosamente se qualificando culturamente como de bem (efeito moral de relativo conforto ou conquista de bens materiais) tem passado a crer no desavergonhado tudo poder contra si mesma. Quer dizer, tem sido historicamente incrível a nossa expansiva capacidade de, crendo num astuto bem “espiritual” para retroalimentação do egoísmo matreiro cotidiano, produzir a imensa desmedida do mal contra si (outro de si), causado como refluxo de apoderamento de bens materiais com esmolas privadas e/ou governamentais, tanto quanto expresso por religiões que sustentam os mugidos de/em larápios de horda. Estes, ao se utilizarem de bens materiais em “sua” propriedade (“esfera privada sem roubo” ou “esfera pública assaltada”), insultam a existência do próximo, porquanto acreditam dissimuladamente na liberdade, ou melhor, na ditadura da expressão religiosa como virtude que deve invadir, violar, violentar o corpo do outro. Nesse sentido, com alma culturalmente atolada em lama com excrementos, nossa sociedade civil apoia, dá dessa forma vazão ao status quo Nacional, mesmo que inconstitucionalmente, haja vista tal condição pátria de existência imperativa ser inconstitucional, conquanto a própria Constituição, como todos o sabemos, seja aberração legitimada por tergiversação e demagogia importada (das quais ainda pagamos a dívida, e relembramos amiúde a ditadura militar).
Aqui, temos duas coisas: Um Cafetão, quer dizer, o Brasil, acompanhado de sua Violenta Puta Insensata, isto é, uma Sociedade Civil culturalmente esgarçada que, Não Sendo Vítima Porra Nenhuma, é no mais das vezes fiel aliada da nação e de seu Mass Media correlativo, Media a qual reitera como um dos seus eixos exemplares o repetitivo enunciado comunicativo à pútrida plebe: Graças a Deus, Deus impõe que nossa vida seja tal como é, morramos assim. Daí segue a dupla prescrição: [a. – da sociedade civil para consigo] Desfaleçamos em anacrônica podridão cultural-religiosa apoiada por confortáveis esmolas como objeto de ostentação da linha branca (geladeiras, fogões etc.) – geme como palavra de ordem a sociedade civil; [b. - do Estado para a sociedade civil] Desfaleça na podridão cultural em jogo, sob o suporte da economia das esmolas e do sofrimento que lhe é devido, tudo em deferência a mim, Deus Ateu Estatal, o qual lhe abençoará, recompensará, fazendo-a conquistar o que ostenta(vide sons caseiros e telas planas disponíveis até mesmo na espessura das esbagaçadas residências proletárias, compradas à crédito que produzirá eterna dívida). Assim grunhe, vocifera o Brasil canastrão que, refém do capitalismo internacional, administra sua civilizada puta safada: a sociedade cidadã.
Sem que a arrombada o perceba, o País a administra ou sobre ela cronicamente [re]estabelece o controle, ironicamente enquanto ela mesma desafina em grito o nome de Deus e de outras esculhambações como ressonância da moderna servidão, ao taxá-la, paralelamente a insuportável cacarejado a despeito de Deus, com os impostos mais caros do mundo. Aqui, jaz um roubo legalizado, que à meretriz não retorna enquanto direito, seja sob forma de saneamento, educação e/ou saúde de qualidade. Amém Sociedade Civil, também graças a você somos merda. 
Ora, nessa especificidade, temos a falta de conforto de/em nação e de/em sociedade civil, os quais talvez não percebam com clareza que os homens deveriam se tornar humanos e não virgens ovelhas fingidas do cafetão estatal/privado - e não instrumentos (corpóreo-mentais) pútridos ou descartáveis desse cafetão, o qual deles se utiliza como paliativo, injetando e retroalimentando em psique múltiplas porcarias, à medida que a esgarça sem qualquer compaixão.
Não sei se costumam sentir isso, caros leitores, mas por vezes tenho a impressão de que estamos sendo frequentemente responsáveis por uma multiplicidade de crimes nacionais de distintas intensidades. Nós temos internalizado culturalmente profundos maus hábitos, perfídias sociais egoístas, tornando-nos braços direito de uma nação que, verticalizada, ou seja, à distância porém culturalmente nos determinando ou nos arrombando com toscos modos de pensamento, esqueceu-se de que todo estado democrático e meios de comunicação imanentes devem ser administrados diretamente por uma outra espécie de povo, o qual poderia lhe dirigir as ações mediante real autonomia cultural, construída por ele próprio.
De todo modo, independentemente das expectativas, é evidente que aos poucos o país fede com mais potência no âmago de toda a sua estrutura político-cultural. O Brasil não me tem parecido, da parte das pessoas em ambiente privado ou em administração pública que confere escatológicos modelos de pensamento àquelas, um lugar coerente relativamente às questões que poderiam estar ancoradas materialmente em reais conquistas civis, antes emancipadas da podridão cultural hodierna. Realmente, essas conquistas nunca se seguiram ou mesmo jamais se decorrerão nesta nação. Caminhamos vertiginosamente pelas veredas da desumanização capitalista patriótica, ou seja, da mais-valia, pela qual a sociedade civil tem lutado incondicionalmente, sem no mais das vezes sequer se dar conta. Nascemos errados de um estupro português, e, como prostitutas contemporâneas das cafetãs manipulações estatais e privadas as quais ainda fodem os nossos índios sob a desculpa de divinas prescrições, desfaleceremos equivocados.
Eis uma pequena desconfiança, que tem em mim se produzido mediante alguns fatos cotidianos, os quais têm afetado à pele de um esfolado vivo. Resta como sugestão o seguinte, destinado às consciências que ainda têm a pretensão de se manter honestamente sãs: abandonem como párias esta pátria, antes de se tornarem integralmente loucos civilizados, comparsas dementes deste ensandecido país.

SEM SER DERROTISTA, POIS DESTE A APATIA É CONDIÇÃO, ÀS PRESSAS DAQUI ME RETIRAREI, ENQUANTO INCOMODADO PESSIMISTA: NÔMADE EM ATO.

Em breve, não mais obedecerei o clichê prescritivo das podres massas (burguesas, médias, proletárias) que apoiam incondicionalmente esta nação.

GuajupiáEmTerra’fogado

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