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Eis o Pescaria, grupo literário pioneiro nas terras do Araras, hoje Varjota – Ceará.
Grupo de caráter cultural, primando as Letras, denominado Pescaria, cujo objetivo é pescar indivíduos às letras e artes, ofertando-os o alimento – o peixe – da liberdade, o saber.

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segunda-feira, 5 de maio de 2014

A testa

Eis a testa, que em sua constrição, atesta oleosos perfumes de temor. Segue ali seu caminho, tez obscura vinculada à cidade, justamente para aceitar e revelar peculiar pavor. Isso, manifestam umas para as outras cada uma das epidermes, próprias aos comparsas do cotidiano.
As observo, epidermes, sem esquecer-me de meu papel. Andarilhas ou irmãs da jornada civil: somos todas fraternas da fronte amassada por temor, e não sugerimos cautela com nosso odor, que é temor, pois apavoramos o mundo com fragrâncias de horror. Espíritos em descompasso na cidade, quanta amargura ainda podem revelar no silêncio ou em verborragia que margeia o perambular, ao escorrer de pedaços no público espaço?
Poderíamos perceber que, exatamente aqui, agora, produzimos um paradoxo, o entremeio do sadismo e do masoquismo? De que forma e em que terra nos arrastamos, insurgimos contra outros e aparentemente em favor de nós mesmos? Seguimos na mutante cidade de pedra, assentada na renovada idade da pedra.
Fortaleza, prisão anacrônica: seu movimento estrutural é talhado para expropriação do homem, por ele próprio. Eis homem cearense, impulsionado ao e pelo desespero da constatação de que ainda produz calafrios da epiderme em terror, fabrica humano ódio com ardor. E daí se segue com ironia e nos percalços do cotidiano a gênese de nosso vampiresco amor. Luz na terra da luz.

Fortaleza iluminada: adoramos seu matiz, advindo das sombras.

Adiante obscuro clamor.

Guajupiá EmTerra'fogado

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