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Eis o Pescaria, grupo literário pioneiro nas terras do Araras, hoje Varjota – Ceará.
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terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Parnasianismo


Nós que fazemos o Pescaria estamos sempre procurando nos enriquecer de conhecimento. O que estimula cada vez mais nossa criatividade e inspiração, por isso toda semana nós escolhemos um tema para ser estudado, abordado e discutido por nós nas Pescas. Na 5ª Pesca, que ocorreu no dia 14 de Dezembro, o tema abordado foi Parnasianismo, então trazemos um pouco do que foi esse movimento, suas características e nossas opiniões.

Como surgiu o Parnasianismo?

Foi um movimento literário que se originou na França, representou na poesia o espírito positivista e científico da época, surgindo no século XIX em oposição ao romantismo.
Nasceu com a publicação de uma série de poesias, precedendo de algumas décadas o simbolismo uma vez que os seus autores procuravam recuperar os valores estéticos da antiguidade clássica. 
O seu nome vem do Monte Parnaso, a montanha que, na mitologia grega era consagrada a Apolo e às musas.

Quais suas principais características?

Vênus de Milo
Dentre algumas as principais eram a rigor da forma, da rima e da métrica, o que os fez assumir o soneto como carro-chefe da poesia parnasiana. Uma reação esperada para um movimento que vinha “combater” o romantismo precedente, que se caracterizava por sua liberdade de escrita.
Outro ponto era o que eles chamavam de “a arte pela arte”, que pregava, por exemplo, que a arte não precisava do amor pra existir, por isso poderiam fazer poesias sobre um vaso, como fez Alberto de Oliveira no soneto “O Vaso Chinês”.
A Vênus de Milo foi um exemplo de uma grande inspiração para os parnasianos brasileiros.

O que os Pescadores dizem?

O movimento Parnasiano, é quase sempre encarado como “chato”, pela rigidez sem deixar qualquer liberdade para o autor, é uma poesia cansativa de ler e, na maioria das vezes desinteressante, mas como qualquer vertente tem sua importância e deixou obras brasileiras de beleza própria. As poesias do trio parnasiano brasileiro Alberto de Oliveira, Raimundo Correia e Olavo Bilac (autor do hino à bandeira) tentavam retomar princípios conservadores sem os quais a poesia se tornaria um caos, a final regras não só prendem, mas também podem libertar, como dizia Renato Russo “Disciplina é liberdade”.
Trio Parnasiano Brasileiro; Alberto de Oliveira, Raimundo Correia e Olavo Bilac

Até a próxima.

2 comentários:

  1. não é que a poesia não tenha necessidade de "amor pra existir". O parnasiano é uma estética estritamente descritiva, usando a propria produção artistica como fonte inspirativa! Por isso os poemas sobre vasos, sobre quadros, sobre esculturas e sobre paisagens. Poesia escultural e tecnicamente erudita. Eram poetas que escreviam para outros poetas, nessa estética a população não se encaixava (poéticamente falando) com a sua linguaguem e cultura. Por isso quando Oswald de Andrade produziu o Manifesto Antropofogo fez estritas críticas a esse grupo litérario, porque para os modernistas a poesia era produção cultural feita para e com o povo, algo que os parnasianos não adotaram. E eles não produziram uma poesia chata, produziram um produto artistico não ascessivel a população, pois só os intelectuais conseguiam consumir a produção parnasiana!
    Espero ter ajudado!
    Abraços...

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  2. Foi um prazer grande Léo contar com sua participação e com certeza nos ajudou muito. Este espaço é reservado, justamente a isso, a discussão.

    Grande abraço.
    E boas águas sempre.

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