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Eis o Pescaria, grupo literário pioneiro nas terras do Araras, hoje Varjota – Ceará.
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segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Lacrimosa insensatez

Ao que parece,
Para heteronomia poética,
As lágrimas são latências,
Que em potência,
Suas substâncias contemplam.

Lágrima,
Uma vez absorta num indecifrável afeto,
Bem como por ele desnudada,
Intui futuro apanágio,
E irrompendo sem químico racionalismo,
Despede-se e desponta de tímida empáfia.

À espera,
Em tempo espera a lágrima,
Abandonar velados egos,
E quando pelos clamores no peito,
É por fim desposada,
Já nas veredas da pele,
Pressente descabida jornada.

E jazem então misteriosas questões:
Estuprados olhos, Abismos d’Alma,
Por que admitem ao fim lacrimosa erupção?
Seria para do vivo rosto as sobras varrer,
Desbotando as passadas carnes de sua história?
Por que, lágrima, com salubridade apaga marcas?

Eis lágrima dissimulada,
Que se encaminhando às humanas nostalgias impressas em face,
Tal qual insensível vida ao memória cri’aniquilar,
Provisoriamente ou se traveste de tormentos,
Ou se recobre de felicidade,
D’onde na aparência observa as metades.


Contudo e à sua maneira,
Já espraiada na inteira rostidade,
E com afetivas vestimentas aos fiapos,
Declama ao fundo,
Cochichando estúpida ao corpo,
Se alivio é porque Mato.
GuajupiáEmTerra’fogado

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