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domingo, 26 de janeiro de 2014

Literatura de Cordel

Mais uma semana de Pesca. Mais discussão. Mais aprendizado e esta semana com a Literatura de Cordel, aqui deixaremos um breve resumo sobre o que é a Literatura de Cordel, assim caso queira se aprofundar acesse as referências que deixamos no fim do post. Além de ler um bom e "velho" cordel.

A literatura de Cordel
O cordelista William Brito diz: 
“o cordel é uma daquelas coisas que a gente primeiro aprende a fazer e depois aprende como é que faz”. E de fato é.
Os maiores nomes do Cordel são pessoas com pouco estudo e são poucos os que param pra estudar ou aprofundar-se na técnica de produção, afinal nascem com o dom da poesia, ao simplesmente assistir desafios cantados, declamações ou mesmo leitura de folhetos.
No entanto, a importância de estudar a técnica de construção é fundamental, já que a Literatura de Cordel é uma arte literária extremamente exigente quanto a forma, tendo que obedecer a requisitos de rima, métrica e oração.
Os dois primeiros requisitos são mais utilizados a respeito de sua classificação quanto à quantidade de versos e número de sílabas poéticas. Assim há as sextilhas (6 versos) - modalidade mais utilizada e explorada; a setilhas (7 versos); quadrão em 8 versos; martelo agalopado (10 versos de 10 sílabas); galope à beira-mar (10 versos de 11 sílabas). Essas as principais modalidades, havendo inúmeras variações quanto ao número de sílabas e número de versos.

A Origem
Foto: zacamartins.wordpress.com

O local de origem da Literatura de Cordel é contraditória, mas a maioria dos estudos relatam sobre a região da península Ibérica em meados da Idade Média, com a presença dos romanceiros luso-holandeses e sua declamações.
O nome cordel está ligado à forma de comercialização desses folhetos em Portugal, onde eram pendurados em cordões, lá chamados de cordéis.
No Brasil atingiu seu ápice no Nordeste do Brasil. Os portugueses trouxeram o cordel no início da colonização e só na segunda metade do século XIX, aconteceram as primeiras impressões nacionais.
Por grande período, tal literatura serviu como veículo de comunicação no Sertão do Nordeste do Brasil e hoje é um símbolo cultural da região.

Curiosidades
Apesar da literatura de cordel se utilizar da linguagem poética, ela é uma obra eminentemente narrativa.

O que os Pescadores dizem...
A literatura de Cordel é um símbolo cultural não apenas do Nordeste do Brasil, mas nacional, afinal, atingiu seu ápice em nosso território.
É uma arte que foi discriminada ao longo dos anos, principalmente por ser tida como uma literatura vinda de uma classe não-alfabetizada, o que a elite intelectual não considera de qualidade acadêmica. No entanto, tal obra, trás em seu cerne a poesia, o relato artístico de um povo de um formato que apesar de ser quase milenar, continua moderno, além claro, de ser uma obra que exalta as raízes nacionais.

Essa não serve como crítica, mas apenas um tópico a ser dito e talvez um tópico importante principalmente hoje a respeito de como é abordada a poesia, a questão da obediência que o Cordel ainda necessita, o que impossibilita a liberdade principalmente na questão da forma e métrica. No entanto, ao longo da história romancistas e cantadores buscaram diversificar esse ramo, possibilitando as mais diversas modalidades que a literatura de Cordel se apresenta, como já citado anteriormente.
Assim, apesar de notarmos que essa linguagem literária ganhou espaço ao longo do tempo em meios acadêmicos, necessita ainda de mais difusão e força dentro dos meios competentes a literatura nacional.
Afinal, apesar de necessitar de aspas essa frase, podemos dizer sem medo que o Cordel é uma arte BRASILEIRA. 

Referências
Blog Mundo Cordel <http://mundocordel.blogspot.com>, visto em 20 de janeiro de 2014;
Blog Cordel Paraíba <http://cordelparaiba.blogspot.com.br>, visto em 20 de janeiro de 2014;
Academia Brasileira de Literatura de Cordel (ABLC)

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