não me esquivarei pra que ela não me atinja.
Farei de tudo pro tempo não ruir,
deixá-la-ei cair no meu corpo, para que eu a sinta.
Quando a chuva estiver a cair,
Já hei de ter aprontado meu chão.
Pois a um bom lavrador não se pode,
dormir a espera do que lhe dá pão.
Quando a chuva insistir em cair,
não me apavorarei, nem tampouco a deixarei só.
Pedirei pra que dos maus pensamentos,
não me reste sequer um grão nem pó.
Quando a chuva deixar de cair,
Sentirei o quanto ela me acalma.
Pois não há sensação como esta,
de com a chuva o coração lavar a alma.
E quando a chuva insistir em cair,
lembrarei de agradecer aos céus.
Se ela cai no sertão o chão faz festa,
alegrando os filhos de Deus.
E se um dia voltar a cair,
não deixarei o tempo exauri-la.
Se ela cai é para molhar.
E quem tá na chuva é pra senti-la!
Corvina do Araras
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