Obra conjunta, produzida na madrugada de 15 para 16 de fevereiro
de 2014, na rodoviária de Fortaleza
Inquieto, quando se pede calma,
entre tantas pernas
que vão,
vem
e as nossas [ou talvez, nós]
aqui
[sem pernas]
Mas não era isso o meu desejo?
Querer vagar no tempo,
enquanto ele vaga na nossa espera
para que depois de tantas pernas
possa pôr as nossas a ir.
Ah...! que saber?
Que se danem as pernas,
afinal, as 3 e tantas [da madruga]
sei lá onde 'tá minha cabeça
imagine as pernas
[imagine as dos outros]
Ah...!
sei lá das pernas.
Já não as sinto como antes,
não pela idade que chega
mas pelo contato com o chão -
frio, omisso, opaco...
...triste chão...
no qual ladrões pisam sorrateiros,
onde como indigentes respiramos.
E assim...
é isso,
a noite,
o chão,
as pernas,
e a vontade continua
só.
Simplício Anzol, 'nando Cará, Bento Biquara
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