Tenho toda certeza que pouco escolheria, eu diria:
“Do céu eu tiro a imensidão da inexistência,
Mas não quero sua solidão,
O vazio que guardo é maior que o vácuo infinito.
Do rio frio eu tiro o desvio,
Sua constância me atrapalha,
Sua rigidez em sempre correr na mesma direção me incomoda.
Dos animais só me interessa o instinto,
Pois, por ser incontrolável, é a única forma de mudar o mundo.
Da terra fico com fertilidade,
Mesmo que a maior parte do que eu produza seja inútil ao primeiro ver.
Mas enfim, assim, eu serei tudo e mesmo assim eu nada serei,
Serei Deus e a ausência dele, serei o cheio de tudo e o vazio absoluto.”
Russo Remos
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